Boa tarde, leitores.
Temos uma pergunta a fazer. O que é mais importante: educação ou
diversão?
Independentemente da sua resposta (existe quem ache melhor uma boa aparelhagem),
a qual respeitamos muito, a PNAD — Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar
mostrou alguns dados interessantes.
Enquanto existem 6.557 pessoas em nosso município com idade economicamente
ativa (15 anos ou mais) e sem o ensino fundamental completo, somos apenas 250
formados em curso superior. Está no site do IBGE. A mesma pesquisa (os números
são de 2011) mostra que nossa economia é extrativista, que tem os mais baixos
salários de toda a cadeia produtiva.
Nada contra quem escolheu pescar ou vender o peixe no mercado. Muito
menos contra quem escolheu uma profissão que não requer muito ensino. A questão
é que quem tem mais estudo sabe mais. E sabendo mais, ganha mais. Em alguns
casos, isso ainda traz emprego.
Claro que existe quem fuja à regra. Uma pessoa pode ter uma boa ideia e,
simplesmente, jogar as sementes de feijão na terra fértil — e ganhar muito dinheiro
com isso.
Pensem na possibilidade de milhares de empregos sendo criados com mais
pessoas de nível superior em nossa cidade. E isso favorece todos: desde a
lavadeira, que faz um bom serviço, até o jovem que sonha em ter o seu próprio
espaço.
Os números são fortemente favoráveis: se, ao invés de colhermos um
quilo de tomates e vender na feira, resolvêssemos pegar a metade disso para
transformar em molho teríamos mais gente daqui trabalhando e ganhando mais
dinheiro.
Se em vez de vendermos um quilo de peixe resolvêssemos filetá-lo,
teríamos outro tanto de gente trabalhando e ganhando o seu dinheiro. Quando
resolvemos apenas colher e vender, deixamos de ganhar um bom dinheiro.
Esse “incremento na produção” só traz vantagens. Primeiro por que deixa
mais dinheiro aqui. Depois, porque traz mais dinheiro pra cá. É uma cadeia muito
boa para a gente!
Se pensarmos direitinho, o trabalho que precisamos está na decisão de
industrializar nossa produção. E estamos entregando isso para gente que quer
ganhar mais do que nós!
Maracanã já foi terra de bons alfaiates, bons sapateiros, que faziam bons
ternos e calçados. A cidade tinha grande procura por eles, gente que vinha de
fora. Que tal trazer essa gente pra comprar em nossa terra de novo?
Encheríamos os hotéis de turistas, a cidade de empregos, e tudo o que
precisamos fazer é aumentar nossa preocupação com a educação.
Quem topa fazer mais pela Educação?
A Prefeitura de Maracanã já topou!